Neo Muyanga A Maze in Grace

20 Mar 06 Jun 2021 Liverpool Biennial Exposição individual
Performance <i>A Maze in Grace</i> de Neo Muyanga com Legítima Defesa e Bianca Turner para a abertura da 34ª Bienal de São Paulo. Foto de Levi Fanan/ Fundação Bienal de São Paulo
Performance A Maze in Grace de Neo Muyanga com Legítima Defesa e Bianca Turner para a abertura da 34ª Bienal de São Paulo. Foto de Levi Fanan/ Fundação Bienal de São Paulo

A performance A Maze in Grace, do artista Neo Muyanga (1974, Joanesburgo, África do Sul) deu início ao programa da 34a Bienal de São Paulo, em fevereiro de 2020, e se desdobra em outras ações ao longo de 2020 e 2021. Uma videoinstalação criado a partir da performance foi exibida na exposição Vento, e também estará presente na 11ª Bienal de Liverpool,instituição parceira da 34ª Bienal de São Paulo. Com curadoria de Manuela Moscoso, a Bienal de Liverpool acontece de 20 de março a 6 de junho de 2021.

Criada e dirigida pelo artista Neo Muyanga, a performance conta com uma música composta por ele, inspirada no clássico “Amazing Grace”. O trabalho de Muyanga propõe a desconstrução e um novo olhar sobre essa canção criada em 1772 por John Newton, um traficante de escravos britânico branco que se converteu e tornou-se um pastor anglicano abolicionista no final do século 18 após uma série de experiências de quase morte – história descoberta por Muyanga em uma viagem para Liverpool. O projecto incorpora também um novo disco de vinil de 12", A Grace Project, produzido em colaboração com a SAVVY Contemporary.

"Muitas pessoas no mundo acreditam que esta música fala sobre o sentimento dos escravos, mas é uma canção política, de uma igreja política, composta por um pastor que havia sido traficante de escravos”, explica Muyanga. “Este trabalho mostra a música de maneiras diferentes, com uma multiplicidade de vozes e olhares, podendo suscitar às pessoas reflexões sobre marginalização e a história desse povo”, afirma Muyanga em ocasião da performance na 34ª Bienal de São Paulo, em fevereiro de 2020. 

Saiba mais sobre o artista aqui

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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