Frida Orupabo

Vista das obras [view of the artworks by] de Frida Orupabo na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
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O trabalho da artista, socióloga e assistente social Frida Orupabo amplifica e torna evidentes os violentos processos de objetificação do corpo da mulher negra, desde a época colonial até os dias de hoje. Orupabo é essencialmente uma artista digital, no sentido de que a sua prática se alimenta de imagens disponíveis na internet, que ela assimila, elabora e transforma por meio de descontextualizações e colagens. Embora recentemente o seu trabalho tenha se desdobrado também em obras físicas, o seu perfil de Instagram (@nemiepeba) continua sendo o “âmbito mais avançado da sua prática”, como afirmou o também artista Artur Jafa, um de seus mentores. Nesse espaço, desde 2013, Orupabo vem construindo uma espécie de interminável colagem digital, constituída por imagens, textos e vídeos, originais e apropriados, que registram e expõem o legado duradouro do colonialismo em cenas e imagens que vão do racismo e do sexismo mais explícitos a exemplos de violência familiar e questões envolvendo gênero e identidade. 

Esse mesmo arquivo digital constitui também o ponto de partida da maioria das suas esculturas, colagens e fotomontagens físicas, nas quais a artista permanece sem acesso ao nome dos seus sujeitos – cujas imagens anônimas e martirizadas são de domínio público e derivadas dos dos processos coloniais de objetificação. A artista opera enfatizando seu direito a olhar, e não apenas a ser olhados. “Os meus trabalhos não são silenciosos” – diz ela –, “eles falam para quem olhar para eles. Como as minhas colagens, a maioria das figuras olha diretamente para você; te obriga a vê-las, mas elas também te veem. Criar trabalhos que ‘olham de volta’, para mim, é questionar uma ‘mirada branca’ e sua percepção do corpo negro”. Embora seu processo de trabalho mantenha uma relação direta com a fluidez da Internet, Orupabo utiliza um método de composição quase artesanal. O processo de corte e recomposição das imagens adquire, assim, uma dimensão íntima, pessoal e afetiva, que contrasta com a violência exposta nos corpos fragmentados de mulheres negras, seus membros e troncos reunidos em estranhas, aflitivas marionetes articuladas, cujo olhar imóvel nos acusa.

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Apoio: Nordic Culture Fund e Office for Contemporary Art Norway (OCA)

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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